sábado, 5 de fevereiro de 2011

Música dos Bebés

Será a educação musical essencial para que o pensamento do bebé se alimente e se expanda?


Peço desculpa, mas não acho que seja essencial. Aliás, devo dizer-vos que alguma educação para bebés me preocupa, porque  sinto ao nível de muitas escolas de pais, como se houvesse uma ânsia de lapidar competências para que nos transformássemos em pessoas sobredotadas,que, às vezes, parece ser acompanhada com um olhar deslumbrado, do género:«Meu Deus,eles ouvem e estão atentos quando lhes damos música...»,Ao contrário, a melhor educação musical para bebés talvez lhes chegue através das suas mães e dos seus pais, num compasso binário que retoma o ritmo do ruído cardíaco, constante e calmante,que  atravessava os ruídos viscerais(que lhe chegavam ao útero). A música, para um bebé, depende do intérprete e do modo como ele,à boleia das notas musicais, deixa as palavras sossegadas e solta a música  que vem do coração.Daí que alguma educação musical para bebés lhes desperte não só atenção,mas até, estranheza, pelas tristes figuras de alguns adultos, que arrendam o coração quando cantam ou quando tocam para os bebés. Ao contrário, a melhor educação musical para os bebés pode promover-se desde que se tome o colo  como aulas de dança, e se abandone  o velho  slogan que reclama que « o colo estraga»,  e se perceba que só quem se entrega nos braços de alguém se deixa conduzir por duas músicas que chegam do coração para os embalar. O bebé melhor que os adultos consegue separar cada momento  é só  ter horários certos, para cada situação. Do livro "A Poesia do Nascer"do meu amigo( Dr. Mário Cordeiro) texto escrito por( Dr, Eduardo Sá.) Um Abraço a ambos, obrigada por esta  partilha, que temos tido, de ajudar-mos Pais e filhos, em desespero com stress. Henriqueta.

Bebés prematuros, Eu posso ajudar, mas não posso forçar.

Vou falar um pouco da minha experiência com bebés prematuros.
Quando um bebé ou bebés acabados de nascer têm de ficar internados, numa Unidade de Cuidados intensivos,
dentro de uma «caixinha de vidro» e ligados a milhares de fios,começa um pesadelo para os pais.
Levá-los finalmente para casa é acordar e respirar de alívio.Há bebés que nascem sete semanas ou mais antes da data prevista. Com menos de dois quilos e a pele quase transparente , vão directos da sala de partos para os fios da incubadora.Eu estive a dar assistência a uma Mãe médica com trigémeos imagine, um com 1,650 outro 1,580 e ainda o outro com 1,340,esta Mãe conhecia de cor os riscos dos seus filhos e problemas de saúde dos seus recém- nascidos prematuros.Confessava- me que nessa altura teria dado tudo para não ser médica.
Como tantas outras mães, sentiu na pele o que é ser impedida de dar colo aos seus bebés de os aconchegar de os alimentar. O pai por seu lado, também médico,suspirou de alívio quando os viu na incubadora. Apesar do baixo peso da falta muscular,dos milhares fios e adesivos com que estavam «armadilhados» passaram algum tempo na Unidade de Cuidados intensivos.Tempo demasiado para os pais, que apenas podiam tocar-lhes através da escotilha da incubadora:Estes e outros pais voltam para casa de mãos vazias, o coração apertado e muitas vezes de cabeça perdida.Hás vezes ainda vêm para casa ligados com ventiladores Que os ajuda a respirar. Nestes casos, é tão difícil quanto fundamental, aguentar firme.Mas nem sempre é humanamente possível. Acontece com frequência os pais evitarem inconscientemente ligarem-se a um bebé que está em risco de vida para se salvaguardarem emocionalmente.Querem contornar um sofrimento futuro, sem se aperceberem que estão afundarem-se nele, por vezes a deixar passar a oportunidade de contribuir para que o bebé recupere.Sabe essa contribuição preciosa consiste precisamente no envolvimento tão importante, que passa pela presença quase constante e pelo contacto possível com os bebés.Massagens suaves são directamente convertidas em aumento de peso e força vital. Foi nesta base que me foi dado o meu curso para ajudar os pais e os bebés. Fazer festas ao bebé, mesmo que seja apenas na sua mínima mão,pode ser decisivo, dependendo dos casos, porque os bebés não aguentam muito tempo de contacto,será feito gradualmente á medida que vão ganhando peso ou recuperando dos problemas de saúde.Falhar-lhes baixinho é outra forma de lhes soprar vida. Os bebés reconhecem as vozes e dá-lhe forças saberem que há alguma continuidade entre o mundo anterior ao nascimento e o mundo real.Essas vozes mantêm-nos ligados, são alertas para a vida e forram-lhes a incubadora ou o seu berço em casa, de esperança. Por isso, vale a pena investir,queridos pais, sempre, sem sentimento de culpa.Um Abraço desta vossa Amiga,se algo quiser comentar aceito de todo o meu coração. Henriqueta.

Balada de nós

 O cântico da Vida, é uma boleia, nesta 'Ideia que é uma 'ida somos até boleia da Vida.
                     O  Nascer  é esse prazer que do barro sai, das mãos do Oleiro, as Maravilhas d' Amor.